Histórico
Anagé é um município situado no estado da Bahia, à margem direita
do histórico rio Gavião, afluente do rio das Contas, a 560 quilômetros da
capital. Possui uma população de mais de 24 mil habitantes. Tem como cidades
limites ao Norte Caetanos, ao Sul Vitória da Conquista, a Leste Bom Jesus da
Serra e Planalto, e a Oeste Caraíbas e Belo Campo.
Sua fundação ocorreu quando o bandeirante, o capitão-mor João Gonçalves da
Costa, em 1784, promovia a abertura da estrada ligando o Arraial da Conquista a
Caetité e ao rio São Francisco. Seus primeiros habitantes foram os índios Imborés e Mongoiós.
Sua povoação se deu devido à fertilidade das terras que atraiu muitos colonos
que ali se fixaram, desenvolvendo a agropecuária e formando o povoado de São
João, elevado à vila em 1920, com a denominação de São João da Vila Nova, pela lei estadual nº 249, de 25-07-1898, subordinado ao município de Vitória da Conquista.
Somente em 1962, São João de Vila Nova foi elevado à categoria de município com a denominação de Anagé, pela lei estadual nº 1656, de 05-04-1962, desmembrado-se da cidade de Vitória da Conquista.
Fonte: IBGE (modificado); Wikipédia (modificado).
Organização Administrativa
A Prefeitura Municipal de Anagé, conta dentro
de sua estrutura com quatro secretarias, quais sejam a Secretaria de Educação,
Secretaria de Saúde, Secretaria de Agricultura e a Secretaria do Meio Ambiente.
Em relação à Secretaria de Saúde, tem-se que,
em consonância com os parâmetros nacionais estabelecidos para a estruturação da
saúde pública de maneira preventiva e multidisciplinar, o município conta com
as chamadas Unidades de Saúde da Família. Segundo informações oficiais do SUS,
o Município de Anagé possui seis USF, distribuídas por toda a extensão do
município, além de outras estruturas ligadas à saúde da organizadas da maneira
que se segue:
· USF GENECI FERREIRA DOS SANTOS – rural
· USF JERONIMO JOSE DA SILVA - rural
· USF FRANCISCO XAVIER PIRES - urbana
· USF JOSÉ TEIXEIRA DOS SANTOS - rural
· USF JOSE MUNIZ DIAS - rural
· USF RAULINO BISPO DE OLIVEIRA – urbana
|
· U. MOVEL DE ODONTOLOGIA - móvel
· SAMU 192 – urbana/móvel
· C.DE SAÚDE DR IVAN MARINHO - urbana
· SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - urbana
· HOSPITAL MUN. TAVINA OLIVEIRA - urbana
|
Quanto à secretaria municipal de educação (que
responde pela educação no Nível Fundamental), existem no município quatro
escolas, todas situadas no perímetro urbano e apenas uma escola agrícola, que,
no entanto é estadual.
Em relação ao Legislativo, a sua Câmara
Municipal conta com 09 vereadores atualmente dos seguintes partidos:
DEM - 2
PTB - 2
PDT - 2
PSD - 1
PP - 1
PT - 1
Já no tocante à legislatura que se iniciará em
2013, a Câmara contará com 11 vereadores, com a seguinte distribuição:
PPS - 1
PC do B - 2
PP - 1
PT - 1
PV - 1
PTB - 4
PSC - 1.
Quanto aos órgãos administrativos estaduais
presentes no município, vê-se que em relação à educação e à saúde, Anagé está
ligada às diretorias sediadas no município de Vitória da Conquista (Direc 20, e
20ª Dires, respectivamente). No entanto, o município de Anagé conta a presença
de um escritório da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
Em relação ao Poder Judiciário e correlatos, a
comarca de Anagé conta com um fórum da Justiça comum estadual (Vara única de
jurisdição Plena) e da Justiça Eleitoral. Conta ainda com a presença do
Ministério Público, cuja promotora é a Sr.ª Maria Saed Jued Moysés e atende aos
distritos judiciários de Anagé, Caraíbas e Coquinhos. Já em relação à
Defensoria Pública Estadual, Anagé pertence à segunda Região baiana, cuja sede
fica no município de Vitória da Conquista.
Referências:
sítios oficiais do DPE-BA, TSE, MP-BA e TJ-BA.
Fichamento-resumo: O Governo municipal do Brasil: construindo uma nova agenda política na década de 90.
O mundo contemporâneo
vem passando por diversas transformações em razão das recentes crises
econômicas. Com a mudança do governo, há também a mudança da sociedade, gerando
uma nova tendência, no que diz respeito a valorização dos níveis subnacionais
de governo em detrimento do governo central. Assim, os problemas existentes
passam a ser transferidos para a esfera municipal, em razão da sua proximidade
com a população e suas demandas.
A redefinição do
papel do Estado em nível municipal abrange três áreas de mudanças: a “estrutura
fiscal federativa” (adotando medidas de responsabilidade fiscal), as
“diferenças socioeconômicas entre os municípios” (visando o fortalecimento
local) e a “dinâmica política típica do âmbito municipal” (com a finalidade de
atender às demandas específicas de determinado município de acordo com suas
características socioeconômicas.
Essa redefinição
passou a ser uma necessidade na gestão municipal, em razão dos instrumentos
tradicionais de políticas públicas e gestão estarem esgotados, não corresponderem
mais com as demandas da população.
Existem dois tipos
de políticas municipais: as horizontais (são todas aquelas políticas concretas
de setores explícitos que podem ser pontuais ou mais abrangentes, a exemplo das
políticas que versam sobre: meio ambiente, saúde, alimentação e abastecimento,
habitação e urbanização, crianças e adolescentes, emprego e renda e projetos
agrícolas) e as transversais (que somente existem concretamente se existirem as
políticas horizontais, a exemplo das políticas que englobam: democratização e
cidadania, participação popular e o combate à pobreza).
Nessa senda, não se
pode afirmar que os municípios brasileiros estão obedecendo às mesmas
tendências, em razão de existirem experiências que se contradizerem. De certo,
existe em todo o cenário nacional a adoção do desenvolvimentismo (diferentemente do nível federal), do cidadanismo, em razão da prática da
cidadania.
Além disso, há
também certa pró-atividade dos municípios, posto que, independentemente dos
obstáculos orçamentários, vem procurando mobilizar a sociedade com soluções
alternativas, aumentando a empregabilidade e contemplando a participação da
população no processo decisório.
Referência: FISCHER, Tina.
Gestão do desenvolvimento e poderes locais: marcos teóricos e avaliação.
Salvador, Bahia. Casa da Qualidade, 2002. p. 275-286
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