Introdução ao Conceito de Sociedade e de Vida Coletiva
O homem em seu estado natural não
sobreviveria isoladamente, sendo indispensável a vida coletiva com a finalidade
de agregar vantagens de acordo com as necessidades e interesses.
Diante disso, para o
estabelecimento da vida social a humanidade passou por duas grandes mudanças;
do ponto de vista físico (mudança da postura quadrúpede para bípede e
aperfeiçoamento da motricidade) e social (constituindo grupos estáveis baseados
na confluência de suas demandas).
Nessa perspectiva, percebe-se a
construção do que conhecemos hoje como a divisão social do trabalho,
estabelecendo funções específica interligadas para cada indivíduo, de maneira a
atender as demandas sociais. Essa organização no entanto, não tornou as
sociedades pacíficas, pois, na medida que se estabeleceram regras e padrões
aqueles que não se adequaram estariam sujeitos à sanções.
Assim, percebe-se que a
delimitação das estruturas sociais sugere o estabelecimento de regras, ainda
que implícitas, com vistas a determinar padrões mínimos de comportamento para
manter o equilíbrio social.
Contudo, as sociedades não se
limitam somente ao cumprimento de funções e satisfação de demandas, mas há
também o agrupamento para o compartilhamento de interesses pessoais. Podemos
destacar, nesse sentido, os grupos sociais estabelecidos pela internet.
As estruturas sociais
predefinidas não garantem a manutenção do bem-estar social e isso decorre da
natureza mutável das sociedades. Assim, não há estrutura social perfeita e todo
modelo posto é passível de degeneração.
Como forma de garantir esse
equilíbrio surge a necessidade da participação e acompanhamento da gestão, no
caso do modelo contemporâneo, sendo indispensável a tomada de decisões de forma
compartilhada, com escopo em obter as mesmas vantagens da vida social coletiva,
vez que o ambiente público também é regido por relações de poder e autoridade.
Síntese: Evolução da sociedade e formas de Gestão Pública
Como sabemos, a vida em sociedade
é indispensável para o desenvolvimento dos indivíduos, sendo de fundamental
importância a intervenção do Estado através do estabelecimento de regras que
visam organizar a estrutura social.
Para que essa intervenção seja
realizada com base no interesse social, faz-se necessária a fiscalização e o
acompanhamento da gestão pública pelos próprios indivíduos envolvidos.
A Administração Pública
Brasileira sofreu importantes transformações ao longo dos anos o que
caracteriza sobremaneira as mudanças sociais, políticas e econômicas da
sociedade. Frisa-se por oportuno, que não se confunde Gestão Pública com
Administração Pública, visto que esta é apenas uma espécie daquela.
No Brasil, começou-se a pensar na
estruturação da Administração Pública com a implementação de uma reforma
administrativa que caracterizou-se pela tentativa de instaurar parâmetros
burocráticos. Na década de 30 esta reforma administrativa tornou-se evidente
com o intuito de profissionalizar a Gestão Pública nos moldes designados por
Weber.
Entretanto, este modelo não foi
uniforme em todo território nacional, destacando-se o estado da Bahia, com
forte propensão ao desenvolvimento, porém "presos" a entraves
políticos e sociais evidenciados na época. No início da década de 50 foi
percebido duas vertentes determinantes para esse cenário. A primeira vertente
estava pautada na ausência de uma política fiscal que incentivasse o
desenvolvimento econômico, enquanto a segunda estava voltada para a escassez de
recursos públicos nacionais e estaduais.
Durante o período militar, em
meado dos anos 60, a administração pública brasileira tende a adotar uma
estrutura tecnocrática que caracterizava-se pela especialização dos processos
e, paralelamente, ao início de uma descentralização de todos os entes
federados.
Os anos 80 e 90 são marcados pela
expansão de uma economia globalizada, havendo a necessidade de a administração
pública trazer conceitos da iniciativa privada para a gestão pública no que
determinou um gerencialismo público com vistas a aumentar a eficiência,
eficácia, reduzindo despesas e aumentando a responsabilidade dos gestores.
Atualmente, ainda deparamo-nos
com distorções das gestões do nosso país nas esferas administrativas, o que
torna evidente que não existe uma consolidação quanto a forma de gestão em
todos os níveis hierárquicos.
Atuação dos Partidos Políticos
A sociedade surge a partir da
convivência em grupo, quando os indivíduos se relacionam de forma organizada e
se identificam culturalmente. Dessa forma, a sociedade pode ser analisada sobre
diferentes perspectivas enfoques e escalas. Com relação à proposta de discussão
inter-relacionando-a à temática da Gestão Municipal e da Economia, é necessário
que essa análise não seja feita somente numa ótica local (municipal), mas
nacional num primeiro momento, para que sejam comparados fatores políticos,
culturais, educacionais, econômicos e sociais, e posteriormente o foco pode ser
ampliado para contextos continentais e global.
O Município de Anagé tem como
atual gestora Andrea Oliveira Silva, que é filiada ao Partido dos Trabalhadores,
entretanto, na cidade existem outros grupos políticos filiados outros partidos,
tais como PRB, PTB, PSC, PPS, PSB, PSD, PDT, PMDB, PPS, PC do B, PP, PV e PSDB.
Para além disso, em virtude da economia ser muito influenciada pela
agricultura, percebe-se a existência de associações de trabalhadores rurais, sindicatos
e cooperativas ligadas ao setor.
Existem também associações
ligadas aos profissionais da educação, servidores públicos e bancários.
Segundo dados do IBGE, a economia
da cidade tem como principal motor o serviço público, tendo quase metade da
população atuado profissionalmente no setor.
Com relação aos demais fatores
sociais que contribuem para a delimitação da cultura local, impende destacar a
religião. A sociedade anageense, pois, compõe-se de maioria católica (22580,pessoas),
seguida dos evangélicos (1782) e espíritas (40 pessoas).
Conselhos Municipais
Para além das secretarias e estruturas
oficiais da Administração Pública Municipal, o município conta também com
estruturas que auxiliam o Executivo Municipal e áreas estratégicas,
incluindo-se neste rol, a assistência social e a saúde. Importante mencionar,
assim, a existência de um Conselho Municipal de Saúde, cuja composição
heterogênea abarca desde integrantes do Poder Público a entidades de classe,
além de membros da sociedade civil.
Os Conselhos, pois, nada mais são que um
valoroso instrumento de auxílio/fiscalização da gestão pública municipal.
Devido à sua composição obrigatoriamente heterogênea, refletem o exercício da
cidadania por parte dos integrantes da sociedade local, que não se limita
somente ao voto, mas também alcança, dentre outras ações, a possibilidade de
participação popular na criação e acompanhamento de políticas públicas. A
cidadania, pois, dentro de uma ótica sociológica e de garantia dos direitos
fundamentais insculpidos na Constituição da República Federativa do Brasil de
1988, nada mais é que uma das formas de fortalecimento da Democracia.
O
conselho de Saúde de Anagé, portanto, é formado por representantes das três
secretarias municipais (Educação, Saúde e Agricultura), associações de
trabalhadores (Associação do Desenvolvimento Comunitário de Anagé, Associação
dos Moradores do Povoado de Capinado/Anagé, Sindicato dos trabalhadores
rurais), de denominações religiosas (Pastoral da Criança e Igreja Cristã do
Brasil), de órgãos do Estado da Bahia (EBDA) além da participação de
representantes do Centro de Saúde de Anagé.Insta observar ainda que o referido conselho
Municipal está ligado também ao Conselho Estadual de Saúde, que, dentre outras
prerrogativas, visa fiscalizar as atividades do Secretário de Saúde, além de
estabelecer diretrizes para o funcionamento estadual (e municipal) do SUS.
Referências: Conselho Estadual de
Saúde: http://www.saude.ba.gov.br/ces/. DATA SUS: http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2901203310922. Portal
da Transparência: http://www.portaltransparencia.gov.br/controleSocial/ConselhosMunicipaiseControleSocial.asp
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